Dia Mundial do Rádio: entenda a sua importância para a Justiça Eleitoral
Veículo revolucionou a comunicação e se mantém relevante até hoje
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Em 7 de setembro de 1822, o Brasil ganhara sua independência marcada simbolicamente pelo grito de Dom Pedro I. Nessa mesma data, 100 anos depois, o som trouxe outra conquista para a história brasileira: a primeira transmissão oficial de rádio do país, em 1922, com o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro.
Nacionalmente, o veículo é celebrado em 25 de setembro, data de nascimento de Roquette Pinto, em 1884, fundador da primeira emissora oficial de rádio do Brasil. Porém, a nível global, 13 de fevereiro é o Dia Mundial do Rádio.
Aqui no Brasil, essa tecnologia só se popularizou na década de 1950. Mas, desde então, não saiu de sintonia da vida dos brasileiros, com importante atuação na cultura, economia, pautas sociais e na política, contribuindo também com a Justiça Eleitoral brasileira. É por meio dele que, desde 1962, a propaganda eleitoral gratuita atinge os brasileiros nas metrópoles e em regiões mais afastadas dos centros urbanos.
Mundialmente, desde sua invenção, no século XIX, o rádio transmitiu discursos de líderes globais, guerras, Copas do Mundo e música. Mesmo com a chegada da TV e da internet, o rádio sobreviveu, transmutando-se e realocando-se nas mídias digitais, a exemplo dos podcasts.
A secretária de Comunicação Social (Secom), do TRE-SP, Eliana Passarelli, fala sobre a importância do rádio para a democratização da informação e o alcance que o veículo possui.
“O rádio, ainda hoje, fala para muitas pessoas que não recebem informações por outros meios. Principalmente em regiões mais remotas. E o interessante do rádio é que conseguimos falar mais. Gosto muito de dar entrevistas para rádio porque ele não tem aquela rigidez do tempo da TV. No rádio você consegue explicar muito melhor, e a própria Justiça Eleitoral produz muito. Produz para as rádios, manda as mensagens, que são muito difundidas”, conta.
Só em 2024, o TRE-SP concedeu cerca de 50 entrevistas para rádios e podcasts. Mesmo com o apelo das plataformas digitais e da TV, esse número representa quase 20% das entrevistas do Tribunal para os veículos de comunicação.
Eliana, que falou a algumas emissoras, salienta a importância de o rádio ser um passaporte para a Justiça Eleitoral se comunicar com a população, ao levar prestação de serviço com informações sobre o processo eleitoral e candidaturas, respondendo a dúvidas e questões do eleitorado. Ela conta também sobre a importância do rádio em cidades interioranas.
“Nós fizemos um trabalho de mapeamento em 2024 no interior. Mandamos para as rádios várias pílulas que fizemos em relação à segurança da urna eletrônica, para ter uma multiplicação maior. Geralmente, no interior, há a predominância do rádio. As pessoas escutam muito. Há cidades sem emissoras de TV próprias, mas com rádios locais. E é assim que a população vai ouvir os candidatos da cidade”, conta.
Gigante do interior
Em Barretos, a 230 quilômetros da capital paulista, Alessandra Tamarozi, chefe da 21ª ZE – Barretos, entende bem o que é ter o rádio como um gigante da comunicação, fazendo-se presente na rotina da vida dos barretenses. “Toda vez que a gente quer que uma notícia chegue de forma rápida ao público, contatamos as rádios. É uma interação muito necessária.”
Alessandra fala também sobre a prestação de serviço por meio do rádio. “Nós sempre divulgamos tudo que a gente precisa em relação ao eleitorado, como prazo final de alistamento, informações inverídicas que circulam. E a gente fornece nossa posição sempre com base nas informações do Tribunal.”