TRE-SP conclui mais um Teste de Integridade demonstrando a confiabilidade do sistema eletrônico

Dez urnas foram submetidas à inspeção padrão e com uso da biometria no Centro Cultural São Paulo e na Universidade Paulista (Unip), campus Paraíso

Dez urnas foram submetidas à inspeção padrão e com uso da biometria no Centro Cultural São Paulo...

A Justiça Eleitoral paulista concluiu o Teste de Integridade do segundo turno às 17h deste domingo (27), demonstrando mais uma vez a correspondência exata entre os votos em cédulas de papel digitados nas urnas eletrônicas e o resultado da apuração nos Boletins de Urna. A auditoria foi realizada durante todo o horário de votação, no Centro Cultural São Paulo e na Universidade Paulista (Unip), campus Paraíso. Dez máquinas passaram pelo teste. Em uma delas foi utilizada a biometria de eleitores que compareceram para votar na Unip.   

As urnas foram escolhidas por entidades fiscalizadoras em cerimônia no plenário do TRE-SP no sábado (26). Também na véspera do pleito, servidores de outros órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público preencheram os votos nas cédulas que foram digitados nas urnas neste domingo (27).   

O presidente do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes, e o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, Encinas Manfré, estiveram no Centro Cultural São Paulo acompanhando o andamento dos trabalhos. 

A desembargadora Claudia Fanucchi, presidente da Comissão de Auditoria do Sistema Eletrônico nas Eleições 2024, explicou que as auditorias são exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estão previstas na Resolução nº 23.673/2021 como forma de demonstrar a lisura do sistema eletrônico. “O Teste de Integridade é uma forma de a população ficar ciente da segurança das urnas”, ressaltou a magistrada.

Oitenta e cinco eleitores voluntários participaram do teste com biometria na Unip, cedendo a impressão digital para a liberação da urna usada na inspeção. “O eleitor vem até o lugar onde estamos instalados, assina um termo de consentimento e valida a biometria para a realização do teste. O objetivo é verificar se os votos digitados na urna batem com os previamente marcados nas cédulas de papel”, afirmou o juiz Ronnie Herbert Barros Soares, que também integra a Comissão de Auditoria do Tribunal e acompanhou o Teste de Integridade com biometria na Unip — Paraíso.

O secretário da Comissão de Auditoria do TRE-SP, Marcos Miotto, explicou que o teste também foi realizado no 1º turno, quando 30 urnas passaram pela verificação de integridade e três pela inspeção com biometria. Os equipamentos vieram de todas as regiões do estado. “Já no segundo turno, como o universo de cidades é mais restrito, há uma redução amostral da quantidade de urnas.”

O procurador regional eleitoral, Paulo Taubemblatt, representando o Ministério Público, ressalta que os procedimentos de auditoria podem ser acompanhados por qualquer cidadão interessado. Diversas entidades fiscalizadoras, órgãos públicos, entidades da sociedade civil e partidos políticos, acompanham todo o processo de realização das verificações. “A urna eletrônica é uma conquista do povo brasileiro, uma conquista civilizatória que deve ser valorizada. Ela permite que o processo eleitoral se desenvolva de uma maneira segura e que os vencedores assumam as posições de comando”, afirmou.

Servidores de diversas áreas do TRE-SP são convocados para uma força-tarefa no domingo da eleição para a realização do Teste de Integridade. Também participam servidores de outros órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público na digitação dos votos das cédulas preenchidas na véspera nas urnas eletrônicas e no registro dos votos também no sistema de apoio.

O servidor Henrique Nagano, da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal, trabalhou em todos os testes desde o primeiro, nas eleições de 2002. Ele explica a evolução da auditoria, que no início era algo com uma dimensão mais reduzida. “Começou com duas urnas e foi aumentando gradativamente nas eleições seguintes até chegar ao número atual de 33 no primeiro turno, a partir de 2022”, explicou o servidor. Também nas últimas eleições gerais, foi introduzida a nova modalidade de teste, com biometria de eleitores e eleitoras. 

O Teste de Integridade é uma auditoria da Justiça Eleitoral para confirmar a segurança da urna eletrônica. No dia da eleição, durante o horário de votação (das 8h às 17h), servidores do Judiciário e do Ministério Público retiram as cédulas de papel das urnas de lona, digitam os votos em um sistema auxiliar e, na sequência, na urna eletrônica. Todo o processo é filmado e, ao final da votação, os resultados de ambas as urnas são comparados, comprovando que são os mesmos. Esses votos da auditoria não são contabilizados na eleição.


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