Entenda como o TRE-SP atua para que eventual falta de energia não atrapalhe a eleição
Ações são implementadas em conjunto com as concessionárias que operam no estado; todas as unidades da Justiça Eleitoral paulista e os locais de votação são abrangidos
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desenvolve uma série de ações preventivas e de contingência para assegurar o fornecimento de energia em suas unidades e locais de votação durante o período eleitoral. Um plano específico para as Eleições 2024 é implementado em parceria com as concessionárias de energia elétrica responsáveis pela distribuição em diferentes regiões do estado para que, em caso de interrupção do fornecimento em alguma localidade, o serviço seja restabelecido rapidamente e não prejudique os trabalhos da eleição.
O plano abrange os prédios da sede do Tribunal, no centro da capital, os 393 cartórios eleitorais do estado, além de todos os locais de votação no dia do pleito. A equipe da engenharia do TRE-SP mantém contato direto com as empresas desde o mês de maio, quando o cadastro eleitoral é fechado e os cartórios eleitorais recebem um grande afluxo de pessoas para a regularização da situação eleitoral, até a diplomação dos eleitos em dezembro. São informados às concessionárias os pontos de atenção, isto é, aqueles que estão relacionados com etapas da realização da eleição e que portanto não podem sofrer interrupção no fornecimento. Desligamentos programados são evitados ou, se forem inadiáveis, ações de contingência, como a instalação de geradores, são executadas.
Segundo o chefe da Seção de Engenharia (Seeng), Fernando Ortiz Martinz, em caso de chuva, ventos fortes, queda de árvores e acidentes que danifiquem a rede elétrica, há medidas programadas. “A ideia é sempre agilizar o restabelecimento da energia se ocorrerem esses eventos imprevisíveis para que a eleição transcorra sem maiores transtornos”, afirma o servidor.
Uma das principais iniciativas para as Eleições 2024 foi o levantamento pelas zonas eleitorais do número de instalação (ou número da unidade consumidora) de cada um de seus locais de votação. De acordo com o chefe da engenharia, este ano a Justiça Eleitoral Paulista fez um esforço para mapear todos os 10.976 locais de votação com os respectivos números de instalação. “Quando é aberto um chamado na concessionária, essa é a informação mais útil que podemos passar para que eles identifiquem rapidamente o local exato da ocorrência”, explica Fernando Martinz.
Esse cadastro, compartilhado com as concessionárias, foi feito por meio de um sistema desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do Tribunal e disponibilizado aos cartórios para que as unidades o alimentassem com o número de instalação dos locais de votação. Com isso, as empresas têm um controle dos “locais de emergência”, nos quais não pode faltar energia, e devem dar prioridade alta no caso de necessidade de restabelecimento na véspera e no dia da eleição.
Há também, nos dias que antecedem o pleito, um monitoramento da previsão do tempo para o domingo, a fim de que tanto as empresas como a engenharia do Tribunal adequem sua força de trabalho disponível conforme a probabilidade de eventos climáticos que possam causar queda de energia.
No fim de semana da eleição, servidores da engenharia e profissionais das concessionárias fazem plantão na sede do TRE-SP para atender aos chamados dos cartórios eleitorais e resolvê-los. Os prédios da sede do Tribunal, bem como o Centro Cultural São Paulo e a faculdade Unip — Campus Paraíso, os dois locais onde é realizado o Teste de Integridade, recebem geradores cedidos pela concessionária Enel para suprir uma eventual falta de energia, de modo a não haver prejuízo aos trabalhos.
Vale lembrar que as urnas eletrônicas contam com baterias que permitem o funcionamento da máquina por cerca de 12 horas. Portanto, mesmo na hipótese de falta de energia em algum local, a votação não é interrompida.