Teste da Urna 2023: relatório da Comissão de Avaliação aponta contribuições
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Foi divulgado nesta terça-feira (19) o relatório final com as conclusões da Comissão Avaliadora do Teste Público de Segurança da Urna (TPS) 2023, realizado de 27 de novembro a 2 de dezembro. A Comissão considerou que os achados não comprometeram a integridade, o sigilo do voto e o resultado das eleições, mas recomendou que cinco planos de teste executados durante a primeira etapa sejam replicados na segunda fase do evento, chamada de Teste de Confirmação.
Assim, conforme a recomendação da Comissão Avaliadora, em maio de 2024, os grupos formados por investigadores dos grupos da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) devem voltar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para repetir as estratégias em uma versão atualizada das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais correlatos. O objetivo é verificar se as soluções implementadas pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE foram suficientemente robustas para barrar as investidas.
Confira o relatório da Comissão Avaliadora.
Testes que serão replicados em maio
De acordo com o relatório, três dos seis planos de teste apresentados pela equipe da Polícia Federal geraram contribuições. No primeiro deles, foi verificada a existência de uma falha durante o processo de inicialização, com a carga de uma mensagem não prevista exibida na tela da urna. Segundo a Comissão Avaliadora, apesar de complexa e com baixo grau de realização devido aos mecanismos de segurança do equipamento, a investida deve ser adequadamente tratada para mitigar eventuais riscos.
Em outro plano, o grupo explorou um comportamento imprevisto nos procedimentos de carga, fato que, segundo os membros responsáveis pela avaliação do Teste, deveria ser analisado e corrigido pelo Tribunal.
A PF ainda conseguiu ter acesso a uma área em que ficam os sistemas utilizados nos computadores que apoiam a preparação das urnas eletrônicas. Contudo, para a Comissão Avaliadora, o resultado não comprometeu o Subsistema de Instalação e Segurança (SIS) da urna.
O grupo composto por um professor e três alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) apresentou contribuições para a evolução da urna eletrônica em dois testes executados. Enquanto o primeiro sugeria uma análise mais abrangente no sistema de controle de acesso envolvendo a linguagem de programação Python no software JE-Connect, o segundo tratava do SIS e dos privilégios de aplicativos executados para que não seja possível editá-los.
Por recomendação da Comissão Avaliadora, ambos os grupos devem voltar ao Tribunal em maio para atestar se os achados foram corrigidos antes das Eleições Municipais de 2024.
Saiba como foi o evento de encerramento do Teste da Urna 2023.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
imprensa@tre-sp.jus.br
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