Desinformação: evite a transmissão desse mal!

Disseminação de informações falsas ameaça a democracia

Antes boato, depois fake news, agora desinformação

O prêmio Nobel da Paz de 2021, atribuído aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, deu grande visibilidade não só à questão da liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia, mas também à desinformação, que é uma preocupação crescente em todo o mundo. Um ponto comum entre os trabalhos dos dois jornalistas é a exposição de como as redes sociais são usadas para disseminar inverdades.

"Ressa e a Rappler (site de jornalismo investigativo fundado pela jornalista) mostram como as redes sociais são usadas para espalhar fake news, assediar oponentes e manipular o discurso público", afirmou a porta-voz do Nobel, Berit Reiss-Anderson.

De acordo com a Unesco, a desinformação consiste em tentativas deliberadas, muitas vezes orquestradas, para confundir ou manipular pessoas por meio da transmissão de informações falsas, geralmente elaborada com bons recursos, com auxílio da tecnologia de disparo de mensagens por meio de robôs.

No Brasil, a Justiça Eleitoral tem combatido a desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, que põe em dúvida a confiabilidade das urnas e dissemina a ideia de que não é possível auditar o voto.

O TRE-SP disponibiliza a “Cartilha Desinformação”, que traz conceitos, normas jurídicas e principais dúvidas sobre o tema, e a cartilha “Mitos Eleitorais 2020”, que aborda diversos mitos sobre as eleições, trazendo esclarecimentos e informações oficiais a respeito das urnas eletrônicas.

Já a página Fato ou Boato permite checar informações sobre o processo eleitoral, desmentindo conteúdos falsos que circulam pelas redes sociais e trazendo à tona fatos sobre o tema. Criada em outubro de 2020, ela é produzida por uma rede de checagem formada pela Justiça Eleitoral em parceria com agências de checagem como Estadão Verifica, Boatos.org e Lupa.

É preciso questionar a veracidade de informações veiculadas nas redes. Então, antes de compartilhar, algumas perguntas podem esclarecer se são falsas: o que se sabe sobre o autor? O que outras fontes dizem? Que evidências a postagem traz? A informação é atual ou foi usada fora de contexto? As imagens e vídeos são reais ou foram manipulados?

Desconfie de notícias sem a identificação do autor, com erros de ortografia, excesso de adjetivos e títulos sensacionalistas. Verifique se a notícia saiu em jornais, sites ou revistas e confirme se os especialistas citados na matéria realmente existem. Assim, você não transmite o mal da desinformação a outras pessoas e contribui com a democracia.

 

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