Por dentro da urna: como funciona o hardware da máquina de votar
Componentes garantem a integridade do sistema de votação
A urna eletrônica é um microcomputador projetado pelo Tribunal Superior Eleitoral para uso exclusivo nas eleições que, há 25 anos, tem propiciado o voto acessível, rápido e seguro.
Robusta, a urna é fabricada de maneira a suportar diferentes condições de clima, armazenamento e transporte pelo Brasil. A máquina é também totalmente isolada, não existindo nenhum componente, seja placa de rede ou bluetooth, que permita entrada e saída de dados via internet nem acesso remoto.
O modelo mais recente da urna em uso, o 2015, apresenta as seguintes especificações:
Processador Intel ATOM Z510P de 1.10GHz;
Memória RAM DDR2 SDRAM SO-DIMM de 200 vias, 512 Mbytes, expansível até 2 Gbytes;
Placa de VídeoVGA color on-board, com saída para LVDS;
Monitor LCD TFT de 10,1 polegadas, 17:10, com resolução máxima WXVGA 1280x800 pixels.
A urna dispõe também de outros componentes importantes:
Hardware criptográfico
Dispositivo que confere identidade individual às máquinas, assegurando a integridade e a origem de seus dados, além de garantir que a urna execute apenas sistemas oficiais e assinados pela Justiça Eleitoral.
Mídias de votação
Durante a votação, a urna grava os dados em cartões de memória flash (um interno e outro externo), o que garante redundância, caso um dos cartões sofra algum dano.
Mídia de resultado
Espécie de pen drive de uso exclusivo para gravação e transmissão dos dados de resultado da votação, projetado para se conectar à urna pela entrada USB.
Impressora térmica
Para a emissão da zerézima e boletim de urna.
Alimentação
Rede elétrica (bivolt) e bateria de 12V.
Bateria interna
A bateria tem duração de até 10h e é acionada quando há falta de energia elétrica no local de votação.
Bateria externa
Se faltar energia elétrica na seção e a carga da bateria interna se esgotar, há essa terceira opção de alimentação, com duração semelhante à da bateria interna.
Áudio para deficientes visuais
A urna brasileira dispõe de mecanismos para proporcionar total acessibilidade. A saída de áudio é compatível com fones de ouvido comuns, permitindo que o eleitor portador de deficiência visual ouça o número digitado e o nome do candidato.
Sistema braile e identificação da tecla número cinco
Mais um mecanismo de acessibilidade. O teclado utiliza o sistema braile e a identificação da tecla número cinco, permitindo a localização das demais teclas.
Terminal do mesário
Tem a função de habilitar os eleitores para a votação e de realizar o acompanhamento e controle do processo de votação. O número do título é digitado no terminal para identificar o eleitor e a leitura da impressão digital torna mais segura a verificação de sua identidade. Dessa forma, é como se o próprio eleitor liberasse a urna para votação, o que afasta a possibilidade de fraude em sua identificação. Terminada a votação, o mesário digita o código de encerramento para imprimir os boletins de urna.
Lacres
Quando a urna está pronta para a votação, ela recebe lacres de segurança em material autoadesivo fabricados pela Casa da Moeda, que evidenciam qualquer tentativa de violação. Os lacres são colados em vários pontos da máquina:
Tampa do compartimento da mídia de votação;
Tampa do compartimento da mídia de resultado;
Tampa do compartimento do conector USB;
Teclado alfanumérico;
Gabinete do terminal do eleitor;
Compartimento do conector do terminal do mesário.
Um novo modelo de urna, mais compacto, deve ser utilizado pela primeira vez nas eleições de 2022.
Curta nossa página no Facebook www.facebook.com/tresp.oficial
Siga nosso twitter oficial trespjusbr
Siga nosso Instagram @trespjus